terça-feira, 19 de maio de 2009

Xenofobismo: agressão ou defesa?

Muito se fala sobre xenofobismo no mundo contemporâneo. Geralmente, este assunto é abordado pelos veículos de comunicação quando pessoas (de países subdesenvolvidos) passam por situações constrangedoras na tentativa de entrar em países do Primeiro Mundo. Deportações, estadias forçadas em aeroportos, humilhações. De fato, a análise do xenofobismo pelo viés das "vítimas" torna admissível o estabelcimento de relações entre as atitudes xenofóbicas e o preconceito e a discriminação racial. Mas não é só isso.

Existe, também, o contraponto dos países ditos xenófobos. No momento de crise econômica vivido pelo mundo, desemprego é o que não falta. São comuns notícias de grandes empresas falindo e demitindo funcionários à rodo. Ora, por que países que estão em crise deveriam deixar estrangeiros entrar e ocupar vagas de (sub)empregos? Sem contar que os subempregos estão ganhando espaço e servindo como válvula de escape para as empresas que não têm condições de pagar salários dignos. Acontece que imigrantes, vindos de países pobres e em busca de emprego, aceitam trabalhar em troca de qualquer salariozinho e submeter-se a condições precárias e ilegais de trabalho. As empresas, frágeis, empregam esses estrangeiros e contribuem para o aumento do número de desempregados do país.

É claro que nada disso justifica os maus tratos sofridos por pessoas que, muitas vezes, estão apenas passeando. O importante é não analisar tais situações apenas pelo lado emocional. Xenofobismo pode, sim, ser um ato de proteção à população, visando a garantia de empregos para os habitantes.

Um comentário:

  1. Xenofobia significa aversão ao estrangeiro. Partindo dessa premissa, vamos analisar a postura dos governos do Primeiro Mundo. Estamos diante de uma crise financeira mundial cujo epicentro encontra-se justamente nas economias mais vinculadas ao mercado de ações – EUA, União Européia e Japão. A recessão econômica foi inevitável e com ela veio uma grande onda de desemprego, que por sua vez trouxe consigo o medo e a incerteza. E mais gente sem trabalho significa aumento no orçamento público e menor arrecadação de impostos. Portanto, a miséria é generalizada e toda a nação é prejudicada. A imigração, nesse contexto, aguça ainda mais o problema do desemprego. A disputa desleal entre o trabalhador formal(cidadão local), que está de acordo com as leis trabalhistas, e o trabalhador informal(imigrante), que aceita o emprego sob qualquer condição, mostra bem o quanto prejudicial é a entrada de imigrantes para a população de um país. Daí eu pergunto: Será mesmo que quando uma nação decide impor limites à entrada de estrangeiros em seu território ela está sendo xenófoba? Ou será natural e até admirável a sua atitude de resguardar os direitos de seus cidadãos?

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